Instalando o equipamento
Esse é um passo que vai mudar muito dependendo da marca e modelo do equipamento e por isso é tão importante verificar no manual de instruções. Mas, de uma forma geral podemos dizer que aqui no Brasil temos 2 formas de instalação:
ISOFIX (imagem ISOFIX)
O sistema Isofix é um padrão internacional de fixação de dispositivos que servem para a acomodação e proteção de crianças em automóveis. O sistema é padronizado pela Organização Internacional de Padronização, a mesma que determina as regras da ISO 9001 e da ISO 14001, por exemplo.
Nesse sistema, existem dois ganchos no assento do veículo que estão conectados a uma barra horizontal, fixada diretamente na estrutura do carro e um terceiro ponto de fixação na parte de cima do bebê-conforto ou da cadeirinha, que serve para estabilizar a parte de cima do equipamento em uma colisão ou parada brusca.
Além de mais seguro, o Isofix é mais prático, pois conta com duas presilhas de fixação, localizadas na parte de trás da base da cadeirinha, que você vai encaixar nas barras do assento de trás do veículo pressionando as presilhas contra as barras. Ao ouvir um “clique”, saberá que a conexão foi feita e a cadeirinha está fixada. Para desprender a cadeirinha, cada presilha conta com um botão que libera a trava. Também é um procedimento muito simples.
A grande questão é que este sistema ainda não está disponível no Brasil em todos os veículos e nem em todas as marcas de equipamentos e não adianta o veículo ter ISOFIX se a cadeirinha não tem e vice-versa.
Cinto de segurança
Essa é a forma mais comum de fixação das cadeirinhas no carro e pode ser tão seguro quanto o sistema Isofix ou Latch (mais utilizado nos EUA). O problema é que a instalação não é simples, variando entre marcas e modelos, o que faz com que, segundo o Detran, 8 em cada 10 cadeirinhas sejam instaladas incorretamente.
Desde 2010 todas as cadeirinhas produzidas no Brasil exigem fixação em cintos de 3 pontos e não apenas em cintos abdominais (de dois pontos). Assim, nenhum dos equipamentos disponíveis no mercado foram desenhados e testados para uso em cintos abdominais, e a adaptação não garante que ele cumpra a sua função que é de assegurar a segurança da criança.
Teste de instalação
Seguido o passo a passo do fabricante temos dois pontos para verificar.
O primeiro é se não tem nenhum ponto em que as tiras do cinto estão torcidas, pois isso reduz a eficácia do cinto.
O segundo, e mais importante, fazer o teste do balanço que verifica a instalação, e é assim: você segura na base do equipamento e dá um chacoalhão, com força mesmo! Se ele balançar mais de 2,5 cm para os lados ou para frente, quer dizer a instalação não está correta. Reveja o manual para verificar se todos os passos indicados pelo fabricante foram seguidos corretamente, afinal cada modelo é diferente. Depois disso procure tirar ao máximo a folga do cinto. Para isso, você pode precisar da ajuda de outro adulto, que vai pressionar o equipamento contra o banco com toda a força enquanto você puxa e trava o cinto.
Outra forma de tirar a folga do cinto é com esta técnica, explicada também neste vídeo:
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Instalar o equipamento seguindo o passo a passo normal;
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Soltar o encaixe do cinto do banco;
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Puxar e travar o cinto na parte de cima, de onde o cinto sai;
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Fechar o encaixe do cinto novamente.
Se ainda assim não conseguir tirar a folga do cinto e a cadeirinha continuar balançando no teste, procure uma loja autorizada para vender o equipamento, lá eles devem conseguir te ajudar a verificar o que está acontecendo.
Em qual banco instalar?
Pela regra a criança só vai no banco da frente quando o veículo não tiver o banco de trás. O Detran recomenda, no entanto, que os pais evitem conduzir crianças nesse tipo de veículo. Mesmo assim, se não houver jeito, é necessário que a criança vá com o equipamento de segurança específico para a idade e, muito importante, o airbag deve estar desligado.
E o banco de trás, qual é a posição mais segura?
As estatísticas mostram que o banco do meio no assento traseiro é o local mais seguro, por ficar mais distante das colisões laterais. No entanto, grande maioria dos carros não tem cinto de segurança de 3 pontos ali. Nessa posição também é necessário que um adulto entre com pelo menos parte do corpo no carro para conseguir prender a criança no cinto.
Em seguida, os números apontam como segundo lugar mais seguro o banco logo atrás do motorista, mas este é o lado que abre a porta para a rua em estacionamento paralelo.
Assim, é importante refletir bem nessa escolha e em caso de mais de uma criança no carro e tendo o cinto de 3 pontos, manter a mais nova no meio.